
O ser escoteiro e usar o chapéu, não era apenas uma brincadeira, era algo mais sério, fazia-nos automaticamente membros de uma "tribo urbana" que podia ter membros de outras "tribos urbanas". Naturalmente, o ser-se diferente e assumir-se como tal, no meio de uma sociedade bastante preconceituosa, torna-nos num alvo fácil de chacota.
Adivinha:
"O que é um escoteiro?"
"Um escoteiro é um menino, vestido de parvinho, chefiado por um parvinho, vestido de menino..."
De facto o uniforme, composto pela camisa, calções, meias até aos joelhos, jarreteiras, todos aqueles emblemas e o chapéu, era algo só para alguns, aqueles que tinha a coragem de vestir assim, passar no meio de outras "tribos", ouvir as provocações e responder com um sorriso ou com a questionar se queria também entrar no movimento.
Mas todo aquele traje era caro, lembro-me que só o chepéu custava 12 contos, o que era muito para um miudo de 14 anos. Claro que eram os pais que acabavam por financiar esta actividade dos filhos. Além do uniforme tinhamos as cotas semanais, nas patrulhas, que usavamos para comprar o equipamento da patrulha, ou mensais para as despesas do grupo, bem como as anuais para despesas das associação e seguros, mais as actividades, que por vezes tinha orçamentos maiores, pois implicavam deslocações mais longas, quer no espaço como no tempo. Concluindo, ser escoteiro não era apenas para quem queria, mas também para quem podia, naturalmente que tinhamos no grupo crianças com maiores carências, mas que naturalmente não participavam em todas as actividades, nem tinham o uniforme completo...
Adivinha:
"O que é um escoteiro?"
"Um escoteiro é um menino, vestido de parvinho, chefiado por um parvinho, vestido de menino..."
De facto o uniforme, composto pela camisa, calções, meias até aos joelhos, jarreteiras, todos aqueles emblemas e o chapéu, era algo só para alguns, aqueles que tinha a coragem de vestir assim, passar no meio de outras "tribos", ouvir as provocações e responder com um sorriso ou com a questionar se queria também entrar no movimento.
Mas todo aquele traje era caro, lembro-me que só o chepéu custava 12 contos, o que era muito para um miudo de 14 anos. Claro que eram os pais que acabavam por financiar esta actividade dos filhos. Além do uniforme tinhamos as cotas semanais, nas patrulhas, que usavamos para comprar o equipamento da patrulha, ou mensais para as despesas do grupo, bem como as anuais para despesas das associação e seguros, mais as actividades, que por vezes tinha orçamentos maiores, pois implicavam deslocações mais longas, quer no espaço como no tempo. Concluindo, ser escoteiro não era apenas para quem queria, mas também para quem podia, naturalmente que tinhamos no grupo crianças com maiores carências, mas que naturalmente não participavam em todas as actividades, nem tinham o uniforme completo...
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